Jogo 7 Erros Alimentação Saudável

Jogo 7 Erros Alimentação Saudavel

Entre ás responsabilidades éticas do professor na execução de sua jornada pedagógica relacionada a Educação Alimentar, cabe:
  • Fornecer informação básica sobre alimentação saudável da criança em idade pré-escolar;
  • Estimular a elaboração de materiais e o desenvolvimento de experiências originais de educação alimentar;
  • Oferecer ajudas práticas para o planeamento da alimentação em jardins de infância e a seleção de ementas, com um enfoque particular nos frequentados por crianças provenientes de meios socialmente mais desfavorecidos;
  • Contribuir para que os jardins de infância ofereçam uma alimentação saudável, equilibrada e adequada às necessidades da criança.

A alimentação tem sido ao longo da história, uma constante nas preocupações do homem. O desenvolvimento das civilizações tem estado intimamente ligado à forma como o indivíduo se alimenta. Pode mesmo afirmar-se que a alimentação tem determinado o futuro e o destino das civilizações. Para além de uma necessidade fundamental do ser humano, a alimentação é um dos fatores do ambiente que mais afeta a saúde.

“Somos o que comemos” é um velho aforismo que traduz bem este fato. O ato de comer, para além de satisfazer necessidades biológicas e energéticas inerentes ao bom funcionamento do nosso organismo, é também fonte de prazer, de socialização e de transmissão de cultura. No entanto, não basta ter acesso a bens alimentares.

É preciso “saber comer”, ou seja, saber escolher os alimentos de forma e em quantidade adequadas às necessidades diárias, ao longo das diferentes fases da vida.

Como sabemos, nas sociedades ocidentais, muitas das doenças cronicas responsáveis por doença e mortalidade prematura (obesidade, cancro, doenças cérebro e cardiovasculares, osteoporose, entre outras) estão diretamente relacionadas com a prática alimentar.

Por outro lado, embora a maioria da população tenha acesso a bens alimentares básicos, persistem ainda, no nosso país, problemas de carência alimentar, em particular em grupos socialmente excluídos. Muitos dos nossos hábitos alimentares são condicionados desde os primeiros anos de vida. Por outro lado, uma alimentação saudável durante a infância é essencial para permitir um normal desenvolvimento e crescimento e prevenir uma série de problemas de saúde ligados à alimentação, como sejam a anemia, o atraso de crescimento, a má nutrição, a obesidade, ou a cárie dentária.
Dados da investigação sugerem que as crianças não estão dotadas de uma capacidade inata para escolher alimentos em função do seu valor nutricional, pelo contrário, os seus hábitos alimentares são aprendidos através da experiência, da observação e da educação.

O papel da família na alimentação e na educação alimentar das crianças e jovens é, portanto inquestionável. Mas, para além da família, a escola e, em especial, o jardim de infância assumem uma particular importância, na medida em que podem oferecer um contexto de aprendizagem formal sobre esta e outras matérias, complementando o papel familiar.

Nas situações de desajuste familiar, ou carência econômica grave, a escola é, por vezes, a principal oportunidade para a aprendizagem de princípios e de comportamentos alimentares saudáveis, bem como para supri-lo de algumas carências alimentares.

Atualmente, sobretudo em meio urbano, as crianças de idade pré-escolar são, cada vez em maior número, acolhidas em jardins de infância, locais em que recebem uma parte importante da sua alimentação diária e adquirem os primeiros conhecimentos sobre a importância de uma alimentação saudável.

Todavia, muitos dos profissionais responsáveis pela alimentação destas crianças não dispõem dos conhecimentos necessários para uma adequada seleção alimentar e para uma intervenção educativa nesta área.

Neste sentido, o presente manual tem como principais destinatários os educadores de infância, os responsáveis por estabelecimentos de educação infantil e o pessoal diretamente envolvido na preparação e fornecimento da alimentação às crianças que frequentam estes estabelecimentos.
Como objetivos da educação alimentar destinada às crianças em idade pré-escolar, podem identificar-se os seguintes:

Criar atitudes positivas face aos alimentos e à alimentação; Encorajar a aceitação da necessidade de uma alimentação saudável e diversificada; Promover a compreensão da relação entre a alimentação e a saúde; Promover o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis.
Com base no conhecimento adquiridos a partir da avaliação de programas de educação alimentar já desenvolvidos, é possível identificar alguns fatores que contribuem para aumentar a sua efetividade, a saber:

Melhoria do nível de conhecimentos e de competências em matéria de alimentação saudável e de educação alimentar de pais, professores, responsáveis e pessoal ligado ao fornecimento de alimentos.
Concepção, promoção, disseminação e avaliação de materiais e curriculares de educação alimentar. A utilização de materiais educativos contribui para tornar a educação alimentar mais efetiva.
Envolvimento dos pais e da família, particularmente através do desenvolvimento de atividades ligadas à alimentação, em conjunto com o jardim de infância.

Abordagem centrada na modelação dos comportamentos, por parecer melhorar as escolhas alimentares, mesmo sem ensino didático sobre alimentação, na medida em que estimula a aprendizagem a partir da observação. Pais, educadores e outros adultos, ou as próprias crianças, constituem modelos de identificação para a adopção de padrões alimentares saudáveis, sob uma forma positiva e atrativa sem utilização de pressões, recompensas despropositadas ou represálias.
Uso de materiais e experiências de aprendizagem adequadas ao nível de desenvolvimento, já que nenhum esforço de ensino e educação poderá fazer uma criança aprender conceitos que estão para lá das suas capacidades e do seu estádio de desenvolvimento psicomotor e cognitivo.

Uma criança de 3 a 6 anos pode compreender conceitos como “ter força”, “um coração forte”, “alimentos saudáveis para afastar os micróbios do organismo” e “poucas gorduras para manter o coração saudável”, enquanto que a sua capacidade de compreensão do que são os nutrientes e o que lhes acontece no organismo se revela muito mais rudimentar.

A adaptação dos programas ao nível de desenvolvimento cognitivo, motor e emocional das crianças são, portanto um fator crítico para o seu sucesso.

Realização de atividades com alimentos, como festas em que existam provas, ateliers de preparação de alimentos e bebidas, criação de jardins e hortas com hortaliças, legumes e frutos, ou até pequenas hortas.

Desenvolvimento dos cinco sentidos utilizando os alimentos, tomando refeições e merendas saudáveis na escola, é também uma forma de motivar para a adoção de bons hábitos alimentares.
Respeito e valorização dos hábitos alimentares saudáveis, próprios da cultura tradicional local.
Levar em consideração as disponibilidades alimentares do mercado e o poder econômico das famílias.

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