Diretores X Educadores


Vez ou outra me pego conversando com professores que sentem-se pressionados por seus superiores de tal modo que um dia antes do coletivo nem conseguem dormir.
Um dia que , portanto devia ser  produtivo transforma-se em um martírio, um suplício ... 
Mas por quê?
Ora pelo fato que muitas pessoas com poder nas mãos não sabendo lidar confundem segurança com autoritarismo e faz de sua escola um Quartel General  não sabendo que autoridade não se impõe,  se conquista através do trabalho da ajuda e portanto da admiração que seus subordinados terão frente ao seu empenho e dedicação.
É certo que boa parte dos professores não funcionam senão debaixo de autoridade forte, pois temos também a  tendência de nos sentirmos dententores do saber. Triste mal, mas fato verdadeiro!
Como fazer diante disso tudo então?
Deixar os professores à vontade pra trabalhar como queiram?
Passar por cima das vontades do diretor da instituição?
Me submeter a tudo calado?
Não há formulas prontas, mas uma coisa é certa:
Escola que anda segundo o desejo de apenas um não oferece ensino de qualidade.
Educação é feita em conjunto e não alheiatoriamente.
Mas, alguns princípios devem, ser respeitados ainda que nos custe um pouco, afinal não fazemos apenas o que gostamos.
Professor está debaixo da autoridade de diretor como alunos estão abaixo da autoridade do professor.
Se eu enquanto professor exigo respeito de meus aluno e que eles cumpram suas funções ainda que eles reclamem que detestam aritmética e não sabem fazer a tarefa de casa,  devo compreender que o novo sugerido pelo diretor terá que ser feito com ou sem a minha vontade, afinal devo acatar à sugestão e experimentá-la a fim de mostrar à meu superior que seguramente sou capaz de exercer a função para a aqual ele me contratou. 
Mas como se eu não conheço o novo, nunca vi, estou com meu método e gosto dele? Pra que mudar?
Nós não raro temos a tendência de nos sentir pequeninos frente a um desafio não importando se é grande ou minúsculo.
Em geral somos pessoas realmente inseguras e nos utilizamos de recursos que não nos faça parecer frágeis demais ao resto dos mortais. A insegurança é algo inerente à personalidade humana, mas não deve ser um fator constante na vida do educador. Precisamos transferir conhecimentos, saberes, ideias e pensamentos e não é dizendo eu acho que se transfere saber algum. 
Quem acha tem dúvida... 
O que fazer então ... Dizer eu sei?
Não! Apenas dizer:
- Eu creio, penso, imagino, analizo ...
E continuar sua busca incessante pela segurança que deve vir dos mestres.
É isso afinal que somos. É esse o título que carregamos, a nossa coroa, a nossa medalha de honra.
Somos mestres e o mestre embora sendo humilde é seguro, ensina com esmero.
Busquemos então cumprir nossa função sem que a tal insegurança tome conta de nós. Se diante do desafio nós retrocedemos ou ficamos com medo nunca experimetaremos a alegria que o novo pode nos proporcionar. Pode parecer difícil, mas certamente impossível não é.
Hoje você pode não saber aplicar a metodologia e amanhã pode vir a ensiná-la. Tudo depende de domar a si próprio ( o que requer força de vontade  ) e prosseguir aceitando, experimentando e levando aos coletivos as razões por que o método sugerido dá certo ou não em sua sala de aula, aceitando as críticas, por você tê-lo aplicado de forma indevida ou vendo ser acatada sua opinião que certamente é valiosa para o grupo.
É certo que do lado de cá enquanto escrevo pra que outros pratiquem fica muito fácil falar da eficácia de método A ou B, mas em sala de aula a coisa muda totalmente de figura.
Falar sobre a forma de plantio e cultivo do grão é fácil, já colocar a mão na terra para plantá-lo, limpá-lo , arrancá-lo ... muda totamente de figura e é justamente ai que nos perguntamos:
 -  Será que pela dificuldade do plantio eu vou deixar de plantar?
E levantamos hipóteses:
 -  E se o grão  não nascer?
-E se fizer muito sol e ele morrer?
- E se no tempo da colheita chover demais?
Todo método é 100% eficaz com todos os alunos?
De modo algum, mas eu posso experimentar o que funciona com cada um e aplicar com segurança aquilo que me for proposto estudando sobre o assunto, inquirindo aos superiores que o trouxeram até mim e experimentando com alegria a nova ferramenta que me ajudará a produzir  e  dará quem sabe uma safra melhor.
Não somos pequeninos, tão pouco os maiores, somos iguais, mas compreendemos que há mesmo na democracia uma hierarquia a ser respeitada senão vira anarquia.
Devemos mesmo experimentar um a ideia do outro com a certeza de que ainda que o método não dê certo em minha sala de aula não quer dizer que seja de todo ineficaz.
Há terra apropriada pra cada grão assim como  método eficaz pra cada indivíduo.
Você pode ser inseguro quanto a muitas coisas, mas precisa ter a segurança pessoal de que está exercendo a função correta e contribuindo para que a educação venha mudar o futuro de nosso país. Pense nisso e caminhe com segurança em sua prática pedagógica.
Por - Gi Barbosa

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5 Comentários

  1. OBRIGADA PELA AJUD QUE TEM NOS DADO...
    QUE DEUS RECOMPENSE A TI EM DOBRO.
    BJUS

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  2. Obrigada minha querida. Deus certamente acatou o seu pedido rs
    Tenho plena convicção que o melhor de Deus ainda está por vir.
    Um excelente domingo
    Beijinhos

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  3. VERDADE AMIGA . COMO VICE GESTORA ENTENDO QUE O GESTOR NÃO CAMINHA SOZINHO ! CONDUZIR VIDAS E AGRADAR A TODOS NUNCA CONSEGUIREMOS . AS VEZES DIGO COMO É DIFÍCIL ESTE MUNDO ADULTO . VEJO QUE CHEGARÁ UMA FASE QUE SÓ OCUPARÃO O CARGO AQUELES QUE NÃO ASSUMEM UMA SALA DE AULA .
    ÓTIMA REFLEXÃO !!! BJKS ...............

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    1. É uma luta diária para que cheguemos ao entendimento , né YANA?
      Um pouco de paciência e respeito mútuo ajudaria demais.
      Quem sabe um dia essa guerra acabe. BEIJOKAS

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  4. Verdade verdadeira, e o que mais me chamou atenção foi a frase:Escola que anda segundo o desejo de apenas um não oferece ensino de qualidade.as vezes queremos fazer lalgo melhor mais somos barrados por coisinhas pequenas que poderiam nem ser um empecilho,mas acaba se tornando um,como a falta de diálogo!!!

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