"Eu morreria feliz se visse o Brasil cheio em seu tempo histórico de marchas.
Marchas dos que não tem escola, marcha dos reprovados, marcha dos que querem amar e não podem, marcha dos que se recusam à uma obediência servil, marcha dos que se rebelam, marcha dos que querem ser e estão proibidos de ser" Paulo Freire
Uma linda frase...
...marchas históricas revelam o ímpeto da vontade amorosa de mudar o mundo ... Paulo Freire
Marcham mesmo pela liberação da maconha e são marchas enormes, mas quem marcharia pelos professores e quais professores desejam marchar?
Lastimável que 70% (apenas em estimativa) dos professores desse país não querem marchar... Preferem baixar a cabeça e receber 60% do piso salarial e eu fico aqui colhendo dos lábios de um morto a esperança de que um dia essa realidade vai mudar.
E continuo com Freire esperando também ...
Indecência e senvergonhice essas que fazem uma turma de políticos eleitos pelo povo cogitar na redução de um piso salarial miserável como o do professor , piso esse que já é desrespeitado em boa parte do território nacional."... a marcha pela decência e a marcha pela SUPERAÇÃO da senvergonhice que se democratizou nesse País" Paulo Freire
E quando é que haverá uma mobilização nacional???
Certamente não, sei ... O que sei é que colho dos lábios de um morto o que os vivos se recusam a viver ...
Embora muitos gritem sozinhos, são minoria e a sociedade não marcha com eles ...
Eu sou um pingo de gente, mas me disponho a marchar , pois como disse em outro escrito me orgulho e compartilho dos mesmos ideias desse brasileiro que teve como contribuição... queimar sua vida e sua juventude fazendo o que muitos falam, mas não vivem... Foi no campo, na pesquisa, na observação, no labor, no saber fazer que nos deixou um legado maravilhosa em livros e vídeos.
Lamento que o morto,através de seus ideais, precise continuar clamando ... embora eu ame esse morto que vive na mente, nos escritos, no coração e na ideologia do professor crítico que tenta puxar os alienados apenas pedindo encarecidamente LUTEM, NÃO PELO IMPOSSÍVEL, MAS POR MELHORES SALÁRIOS E CONDIÇÕES DE TRABALHO JUSTAS.
Por Gi Barbosa Carvalho
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