Sejamos sim, contra a forma que está sendo feito, mas nunca contra a inclusão.

Sejamos sim, contra a forma que está sendo feito, mas nunca contra a inclusão. 


Relato da professora Patrícia Araújo sobre a nova PNEE


Trabalhei em creche particular, há quase 20 anos atrás e nela já se praticava educação inclusiva.


 Na minha sala com crianças de 3 anos tinham alunos com deficiência física, Síndrome de Down, autismo, TDAH... 


Nessa época era quase impossível encontrar, mesmo escolas particulares, que aceitassem e acolhessem esses alunos. 


Sejamos sim, contra a forma que está sendo feito, mas nunca contra a inclusão. PNNE DE BOLSONARO E SEGREGAÇÃO


Não se falava amplamente de inclusão. 


Quando eles saiam da escola devido a idade eu chorava por eles, pois tinha receio de não encontrarem outras escolas que os aceitassem.


 Ao lançarem o projeto de inclusão eu chorei de alívio pela primeira vez, mas chorei de medo também. 


Pois eles poderiam ir para escolas onde as crianças nunca tiveram contato com crianças diferentes e crianças podem ser um poço de amor, mas podem ser cruéis também. 


Chorei porque sei que a maioria das escolas, mesmo as particulares, não estão preparadas  para recebê-los, e para ser honesta nem interesse em se preparar tem.

 

Crianças atípicas dão trabalho, mas muito trabalho mesmo. Por isso é mais simples somente segregar. 


Ainda sim, não devemos retroceder. Devemos EXIGIR que se cumpra a constituição. 


Que todos tenham acesso a educação inclusiva. 


Que as escolas tenham o mínimo de estrutura para atender a todos. 


Que os alunos com alguma dificuldade, sejam eles típicos ou não, tenham suporte para sana-las, seja com acompanhamento de especialistas ou aulas de reforço. 


Na inclusão ganha o aluno típico pois aprende sobre solidariedade, parceria e lidar com as diferenças. 


Ganha também o aluno atípico, pois tem estímulos e aprende a lidar com todos. 


E ganham os profissionais de  todas as áreas da escola. 


Pois é um desafio permanente mantê-los seguros, interessados e em pleno desenvolvimento. 


Sejamos sim, contra a forma que está sendo feito, mas nunca contra a inclusão. 


Não apoie que o projeto seja descaracterizado e sim melhorado. 


Para que mais Iasmins, Matheus, Felipes, Eduardas tenham chance de uma vida plena e em sociedade. 

Postar um comentário

0 Comentários